quinta-feira, 26 de maio de 2011

Amar é Saúde

" Namorar é preciso ... ?


Em tempos de sexo sem compromisso e relacionamentos instáveis, uma nova corrente de estudiosos chama a atenção para os benefícios de dar e receber afeto. Segundo os especialistas, o bem-estar proporcionado por uma união de cumplicidade diminui o estresse, dá uma força ao sistema imunológico e ainda garante mais disposição para as outras atividades do dia-a-dia.

POR RITA TREVISAN






"Amar é, acima de tudo, dar um presente a si mesmo", já dizia o escritor francês Jean Anouilh, no século passado. A novidade é que, mais recentemente, vários estudiosos ligados às áreas da Medicina e da Psiquiatria têm se esforçado para provar que a frase não só faz sentido como deve servir de incentivo para que os casais namorem mais e melhor. "Ultimamente, a maioria das pessoas vem privilegiando as vantagens da vida sexual e prescindindo do namoro. É claro que sexo é muito bom, porém sexo com intimidade é muito melhor", defende a professora de Psiquiatria e colunista da Viva Saúde Carmita Abdo, que também é coordenadora do Projeto Sexualidade (ProSex) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP.
A socióloga e educadora Silvana Barolo, que atua há muitos anos na área de RH, tratando com especial cuidado a questão da afetividade e da sexualidade, fundou a ONG S.A.B.E.R. (Saúde, Amor, Bem-Estar e Responsabilidade) justamente com o objetivo de alertar a sociedade sobre a importância de dar atenção a essas áreas específicas do desenvolvimento humano. A associação, que acaba de completar um ano, reúne uma equipe multidisciplinar e presta atendimento gratuito. "Nossa meta é ajudar casais a despertarem para eventuais problemas, além de orientá-los sobre como encontrar soluções, visando a uma melhora na qualidade de vida", explica. Ela defende que, para garantir boa saúde, é preciso dedicarse mais ao namoro. "Gastamos 99% do nosso tempo com os compromissos profissionais ou com as outras atividades que fazem parte da rotina - como cuidar dos filhos e administrar a casa. Sobra muito pouco para a afetividade e a sexualidade", analisa Silvana, que reúne essas e outras reflexões no livro Namoro é saúde, do qual é co-autora.




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